Os serviços de manutenção pós-obra,
por indesejados que sejam, vez por outra são necessários e as construtoras
devem estar preparadas para lidar com estas situações quando porventura
surgirem. Ao receber a informação de qualquer problema ocorrido nos
empreendimentos entregues, a empresa tem a responsabilidade de dar um
atendimento e retorno adequados aos seus clientes, inclusive realizando os
reparos necessários quando aplicável. Dentro deste cenário destacam-se as
infiltrações, que em diversos casos acabam danificando pinturas, forros e
móveis, dando origem a mofos e eventualmente até complicações respiratórias,
causando muitos transtornos e prejuízos.
Ao aparecer qualquer sinal de
infiltração é importante agir prontamente para identificar sua causa e realizar
os reparos necessários, antes que o problema se agrave e tome maiores
proporções. Este é um trabalho para profissionais com conhecimento específico e
experiência na área, para que seja feito um diagnóstico correto e as ações
adotadas sejam realmente eficazes. As fontes de infiltração podem ser várias,
como: água da chuva que infiltra por telhados, lajes, esquadrias ou paredes
externas; vazamentos nas instalações de água ou esgoto; defeitos de
impermeabilização; umidade do solo ou outras, e a correção mais adequada
depende da causa e da extensão do problema.
No entanto, cabe analisar se a
responsabilidade pela correção é da construtora ou dos proprietários/usuários
do imóvel, pois a edificação e seus componentes devem passar regularmente por
vistorias e manutenções, a fim de manter sua funcionalidade e prolongar sua
vida útil. Estes cuidados às vezes são negligenciados, e acabam surgindo
problemas que cabem aos condôminos corrigirem. Mas a construtora têm a
responsabilidade de fornecer os manuais de uso e operação dos empreendimentos
que entrega, orientando claramente os clientes em relação aos cuidados que
devem ser tomados, vistorias que devem ser feitas e manutenções preventivas que
devem ser realizadas para preservar o bom estado das edificações. De acordo com
a legislação e normas vigentes, se a edificação apresentar problemas causados
por vícios ou falhas de construção dentro do prazo de garantia especificado, a
construtora deve realizar os reparos necessários por sua conta, de forma a
restabelecer o imóvel às suas condições originais.
Assim, ocorre que as empresas e
também os moradores acabam tendo grandes prejuízos, desperdiçando recursos em
reparos de problemas que na maioria dos casos poderiam ter sido evitados ainda
na construção ou com os cuidados adequados. Com certeza custa mais barato os
investimentos em qualidade na construção e em manutenções preventivas
adequadas, do que corrigir problemas que venham a surgir nas edificações já
ocupadas.
É fundamental que a construtora saiba
escolher bem os produtos que serão aplicados em cada local de suas obras,
especialmente em casos críticos como impermeabilizantes, selantes, componentes
de instalações hidráulicas e sanitárias; considerando que muitas vezes vale à
pena investir em produtos de qualidade reconhecidamente superior, mesmo que seu
valor inicial seja mais alto que produtos alternativos. Além disso, é
necessário instruir os colaboradores antes do início dos serviços, para
garantir que as atividades sejam realizadas de acordo com as técnicas corretas.
Também é importante inspecionar o serviço resultante no final, para que
qualquer defeito possa ser identificado e corrigido antes que seja liberado ou
entregue.
O sistema de gestão de qualidade da
construtora engloba todos estes aspectos, garantindo a melhoria da qualidade do
produto final e a redução da ocorrência de problemas pós-obra, aumentando
certamente a satisfação dos clientes e lucratividade das empresas. Basta tomar
a iniciativa e passar a construir com Qualidade.
Autor: Marcelo Henrique D. Marques
marcelohmarques@gmail.com
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