Construir com Qualidade

quinta-feira, 31 de julho de 2014

INFILTRAÇÃO: O GRANDE VILÃO DO PÓS-OBRA


Os serviços de manutenção pós-obra, por indesejados que sejam, vez por outra são necessários e as construtoras devem estar preparadas para lidar com estas situações quando porventura surgirem. Ao receber a informação de qualquer problema ocorrido nos empreendimentos entregues, a empresa tem a responsabilidade de dar um atendimento e retorno adequados aos seus clientes, inclusive realizando os reparos necessários quando aplicável. Dentro deste cenário destacam-se as infiltrações, que em diversos casos acabam danificando pinturas, forros e móveis, dando origem a mofos e eventualmente até complicações respiratórias, causando muitos transtornos e prejuízos.

Ao aparecer qualquer sinal de infiltração é importante agir prontamente para identificar sua causa e realizar os reparos necessários, antes que o problema se agrave e tome maiores proporções. Este é um trabalho para profissionais com conhecimento específico e experiência na área, para que seja feito um diagnóstico correto e as ações adotadas sejam realmente eficazes. As fontes de infiltração podem ser várias, como: água da chuva que infiltra por telhados, lajes, esquadrias ou paredes externas; vazamentos nas instalações de água ou esgoto; defeitos de impermeabilização; umidade do solo ou outras, e a correção mais adequada depende da causa e da extensão do problema.
No entanto, cabe analisar se a responsabilidade pela correção é da construtora ou dos proprietários/usuários do imóvel, pois a edificação e seus componentes devem passar regularmente por vistorias e manutenções, a fim de manter sua funcionalidade e prolongar sua vida útil. Estes cuidados às vezes são negligenciados, e acabam surgindo problemas que cabem aos condôminos corrigirem. Mas a construtora têm a responsabilidade de fornecer os manuais de uso e operação dos empreendimentos que entrega, orientando claramente os clientes em relação aos cuidados que devem ser tomados, vistorias que devem ser feitas e manutenções preventivas que devem ser realizadas para preservar o bom estado das edificações. De acordo com a legislação e normas vigentes, se a edificação apresentar problemas causados por vícios ou falhas de construção dentro do prazo de garantia especificado, a construtora deve realizar os reparos necessários por sua conta, de forma a restabelecer o imóvel às suas condições originais.
 Assim, ocorre que as empresas e também os moradores acabam tendo grandes prejuízos, desperdiçando recursos em reparos de problemas que na maioria dos casos poderiam ter sido evitados ainda na construção ou com os cuidados adequados. Com certeza custa mais barato os investimentos em qualidade na construção e em manutenções preventivas adequadas, do que corrigir problemas que venham a surgir nas edificações já ocupadas.
É fundamental que a construtora saiba escolher bem os produtos que serão aplicados em cada local de suas obras, especialmente em casos críticos como impermeabilizantes, selantes, componentes de instalações hidráulicas e sanitárias; considerando que muitas vezes vale à pena investir em produtos de qualidade reconhecidamente superior, mesmo que seu valor inicial seja mais alto que produtos alternativos.  Além disso, é necessário instruir os colaboradores antes do início dos serviços, para garantir que as atividades sejam realizadas de acordo com as técnicas corretas. Também é importante inspecionar o serviço resultante no final, para que qualquer defeito possa ser identificado e corrigido antes que seja liberado ou entregue.
O sistema de gestão de qualidade da construtora engloba todos estes aspectos, garantindo a melhoria da qualidade do produto final e a redução da ocorrência de problemas pós-obra, aumentando certamente a satisfação dos clientes e lucratividade das empresas. Basta tomar a iniciativa e passar a construir com Qualidade.

Autor: Marcelo Henrique D. Marques
marcelohmarques@gmail.com





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